Brava
gente que tão brava surge à mente
A
braveza descontente que fere de tão carente
Pois
não há nem céu e nem mar que aguente
A
vida nesta torrente que massacra tanta gente
O
rio à nossa frente depois que surge nas correntes
Correnteza
com braveza se alivia à curva da leveza
Para
dizer que nem tudo é beleza. Talvez, mais incerteza
Quando
a tal da pobreza se mostra pelas enchentes
Bravio
o rio que corre ao mar, ante a terra assolar
Vida
do povo que busca no chão, o proveito do pequeno grão
Colher
da terra tão quente o sonho que só a água faz brotar
Gente
com pés na terra, que calcas em preces e oração
O
despertar de cada dia em busca do alimento que é pão
Vivendo
a certeza de que a vida nasce da palma da mão
Crisjoli Fingal