Um dia a gente aprende que a vida é assim mesmo:
misteriosa, passageira e incompreensível.
A gente aprende que tudo passa.
As folhas secas caem ao final da estação
E que os dias passam ligeiros.
A pele envelhece e os cabelos ficam brancos.
A gente aprende que tudo acaba.
Aprende que as lágrimas foram importantes.
Mas, que os sentimentos não são eternos.
A gente aprende que os prêmios viram história.
Que os aplausos cessam e que o sorriso adormece.
A gente aprende que as roupas molhadas secam com tempo.
E que o café esquecido na xícara esfria.
A gente aprende que o sol nunca se vai
Mas, que somos nós que giramos com o o Planeta.
A gente aprende que os amigos se vão...
Que a família um dia acaba e que o perfume se esvai.
Que os sonhos se realizam e que o amanhã chega.
A gente aprende que o perdão acontece
E que o rancor se desfalece.
A gente aprende que os livros nas estantes
Ajuntam poeiras e suas páginas ficam amarelas.
A gente aprende que um dia as camas ficam vazias
e os travesseiros ficam solitários.
Que as fotos contam como os momentos foram especiais
e como a gente fez coisas loucas.
Que as poses eternizam e que Deus foi
o único que não passou e que há coisas na vida
Que nunca mais poderemos repetir.
Um dia a gente aprende que tudo morre!
Por isso valeu a oportunidade de viver o hoje.
Crisjoli Fingal
6 comentários:
Só mesmo um filósofo para fazer um poema desses, excelente reflexão. Se tudo em nossa vida é passageiro, nada melhor do que viver com intensidade cada momento.
Olá, Crisjoli
Lindo e de muita sensibilidade o seu registro do efêmero presente.
Um abraço
Lucia Regina.
P.S. Vou seguir o seu blog.
Obrigado Maciel e Lucia Regina pelo carinho e pela atenção demonstrados. Abraços.
Comoveu-me o seu poema. Lindo, lindo, lindo...
Abraços
Lindo poema... Sua escrita reflete sensibilidade... Gostei muito do blog!
Abraço!
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